POLÍTICA: Oscar Barreto acusa Marília Arraes de fazer um 'motim'

Nas vésperas do ato organizado pela vereadora Marília Arraes (PT), em defesa da sua candidatura a governadora, o vice-presidente do partido, Oscar Barreto, afirmou que o próprio Lula já sinalizou para a aliança com o PSB em Pernambuco. Por isso, na sua visão, o evento da petista, marcado para este domingo (20), não passa de um “motim”.

De acordo com Oscar Barreto, a entrevista concedida pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), depois de uma visita a Lula, nesta quinta-feira (18), demonstra o desejo do líder petista em negociar o apoio da legenda aos socialistas. “Ele me recomendou que mantivesse o debate com os demais partidos. Ele quer que o seu plano de governo reflita, inclusive, as boas ideias de governadores como Flávio Dino (PCdoB), como o Paulo Câmara (PSB), como o Ricardo Coutinho (PSB)”, disse Haddad, que é cotado para substituir Lula na corrida presidencial, caso o ex-presidente se mantenha inelegível.

“A fala de Haddad já diz tudo. Se ele fez essa sinalização política toda, é porque foi escalado para dizer aquilo. E sua declaração sintetiza a opinião de Lula, sobre a necessidade de alianças. Isso é importante para entender o tabuleiro do jogo. Então enquanto Lula emite sua opinião de dentro da cadeia e as pessoas continuam questionando esse posicionamento, isso se chama motim”, criticou o vice-presidente do PT.

Para ele, o ingresso do PT na chapa majoritária de Paulo Câmara está 99% consolidado. Na sua opinião, o apoio dos socialistas à candidatura à reeleição do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), é algo muito relevante, pois o gestor vive um processo de impeachment e, com esse reforço, praticamente garante sua vitória. “Essa aliança resolve metade da eleição dele. O PT está fazendo trocas eleitorais valiosas e muitos desses acordos são vantajosos para o PT. Por isso não podemos pensar individualmente aqui no estado”, afirmou Oscar Barreto.

Críticas

Em um vídeo, reproduzido na internet, Marília criticou a aproximação entre o PSB e o PT, que pode minar seus planos eleitorais. Para ela, o governador “não é forte o suficiente, pelo contrário, é muito fraco para conduzir o PSB para uma aliança como essa”, colocou a vereadora. (Blog da Folha)